Imagine um poste que absorve o impacto das batidas e provoca menos danos no veículo e ajuda a preservar os compartimentos do motorista e do passageiro. Ainda assim, ele pode ser recuperado no próprio local do acidente, sem que a rede elétrica seja desligada. Pois este produto já é uma realidade em nove Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Ceará e Pará.
Trata-se do poste feito à base de fibra de vidro, desenvolvido pela empresa paranaense Petrofisa, que recebeu financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para ajudar no aprimoramento industrial do produto.
Apesar de duas vezes mais caro (R$ 1,6 mil por unidade, contra os cerca de R$ 800 de um poste de concreto), os compradores economizam a longo prazo, já que o tempo de vida útil é de 80 anos – entre 20 e 40 anos a mais que o de materiais convencionais.
O menor impacto sobre o veículo pode ajudar a reduzir um índice impressionante: todos os anos, 35 mil pessoas morrem vítimas de acidentes de carro no Brasil, e em 10% de todos os acidentes de trânsito do País o veículo colide com um objeto fixo.
Os novos postes também dispensam manutenção, já que são livres do ataque de fungos e cupins, apresentam propriedades anticorrosivas, e ainda podem ser produzidos na cor desejada, com aditivos de proteção contra raios Ultravioletas (U.V.) aplicados diretamente nas camadas externas, garantindo boa aparência e durabilidade.
A nova tecnologia usa resina atóxica, sem liberação de compostos orgânicos voláteis nem poluentes atmosféricos. Além disso, por ser um produto não condutor de eletricidade, a fibra de vidro oferece maior segurança para as equipes das empresas de utilidade e para o público em geral.
Os postes flexíveis são leves, têm cerca de 120 quilos, contra 360 quilos do modelo de madeira e 980 quilos do poste de concreto. Isso significa mais unidades por carga de caminhão, menor custo de transporte e maior facilidade para levar luz elétrica a lugares de difícil acesso.
Fontes: Brasil.gov, Finep, Petrofisa e Companhia Paranaense de Energia
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