Volta e meia comentamos sobre como o modelo do Software Livre é importante por permitir customizações e o apoio de
não apenas uma empresa, mas toda uma comunidade na hora de resolver problemas e obter suporte.
E ao que parece essas vantagens foram mais do que importantes para a descoberta do Bóson de Higgs,
ocorrida essa semana. Aliás, segundo um funcionário do CERN, foi crucial.
A informação foi postada no Reddit por um funcionário do CERN, que explicou por que o Linux foi a escolha
da equipe para analisar os dados do experimento e também para gerenciar toda a rede de computadores do CERN.
A distribuição utilizada em todo o processo foi o Scientific Linux, uma variação do Red Hat Linux (os mais curiosos podem baixar aqui). O cientista explica que a liberdade possível no Linux foi essencial por permitir que laboratório ou setor pudesse ter sua própria instalação, com as ferramentas e configurações devidamente adaptadas para as complexas tarefas que eles estavam executando. Com a magia de alguns poucos script e o instalador Anaconda, cada local pôde criar sua própria distro sem grandes esforços, e ainda assim totalmente compatível com o Scientific Linux original.
Ou seja: se a escolha do CERN fosse de usar programas e sistemas proprietários, cada customização dessas teria um custo alto, e dificilmente seria entregue na mesma velocidade e estabilidade com que foi entregue com Linux. Ao utilizar Software Livre, não só todas essas etapas foram simplificadas, como a estabilidade geral do sistema foi importante para a quantidade exagerada de cálculos necessários para a descoberta do Bóson de Higgs.
Não por acaso, o CERN possui uma página inteira dedicada ao suporte e informações sobre o Linux. Ponto para o pinguim!
Fonte: emBrasilia
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